Teresa Salgueiro
Não me lembro bem quando ouvi Madredeus pela primeira vez, ou melhor, quando ouvi a voz da Teresa pela primeira vez. Deve estar completando, chuto eu, quase dez anos desde que vi aquela "dentucinha" pela primeira vez.
O mesmo coque na cabeça, a mesma voz de Liz Fraser lusa, o mesmo instrumental funcionando como adereço, tudo igualzinho.
A ligação foi imediata.
Como boa admiração por uma celebridade, nunca me importei com o marido, com o filho e com o mar que nos separava. Eu não precisava estar perto de Portugal para me sentir ligado à ela e à sua música.
Comprei os discos do Madredeus sem saber se admirava mais aquela revisão da música tradicional lusitana ou aquele jeito tímido da vocalista.
Vi "O céu de Lisboa" com a mesma confusão. A diferença aí se chamava Win Wenders, mas isso não vem ao caso.
Lamentavelmente nunca a vi ao vivo.
Consegui perder absolutamente todos os concertos que a Madredeus fez por aqui e nem me dei conta que a própria Teresa faria uma mini-temporada de promoção do seu disco de música brasileira.
Mas talvez tenha sido melhor assim.
Talvez tenha sido melhor deixá-la no campo dos sonhos, onde ela nunca envelhecerá e onde nunca perderá sua voz.
Ah, Teresa.
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